Desde a privatização da empresa estratégica nacional chegaram a ser 33 os concelhos sem estações de correio. Em Belmonte, no distrito de Castelo Branco, os serviços dos correios passaram a processar-se através de uma empresa familiar, que assumiu o negócio após a ameaça do encerramento de todas as estações oficiais no concelho, e de um posto de correios gerido pelos CTT, que se manteve em funcionamento devido à luta da população.
«Passado este tempo, o balanço que a CDU faz sobre o benefício desta "dupla oferta", para os utentes, é negativo porquanto, para além de todos os prejuízos obtidos em consequência da privatização, em Belmonte, as pessoas têm de calcorrear rua acima e rua abaixo até acertarem na loja que têm resposta para o serviço que pretendem obter», esclarece a coligação PCP-PEV num comunicado.
Adianta que é necessário «clarificar e resolver esta situação», de forma a garantir que a estação dos CTT oficial ofereça «todas as valências inerentes a esta função. Ao mesmo tempo critica que, em Caria, a «solução» tenha passado pela entrega destes serviços à Junta de Freguesia.
A CDU insiste que os postos abertos nas autarquias «não são alternativa» às estações encerradas, da mesma forma que «não devem ser» as juntas de freguesia a assumir um custo que deveria ser suportado pelos CTT.
«Porque razão se privatizaram os CTT e se transferem para as autarquias parte dos custos com o serviço postal?», indaga. A poucos meses do término do contrato de concessão dos Correios, a coligação afirma que a solução passa pela reversão da privatização, sendo «urgente que o Governo inicie o processo de recuperação do controlo e gestão do serviço postal universal», uma vez que, prossegue, só com a retoma do controlo público dos CTT «se garantirá a defesa dos trabalhadores da empresa» e a salvaguarda do serviço público universal.
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