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Morar perto do aeroporto é risco grave para a saúde

Não é propriamente uma novidade, mas um estudo internacional divulgado esta terça-feira dá novo alerta. Quem mora junto ao aeroporto tem maior risco de desenvolver demência, diabetes e hipertensão. 

foto de arquivo
CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

Um estudo divulgado pela Federação Europeia de Transportes e Ambiente sobre as partículas ultra-finas (PUF) libertadas pelos aviões nos 32 aeroportos mais movimentados da Europa confirma os riscos para a saúde de quem vive num raio de 20 quilómetros do aeroporto. 

Segundo a análise, 52 milhões de pessoas – mais de 10% da população total da Europa – vivem num raio de 20 quilómetros dos 32 aeroportos mais movimentados da Europa e estão particularmente expostas às PUF da aviação. Esta exposição, adianta, pode estar associada ao desenvolvimento de problemas de saúde graves e de longo prazo, incluindo problemas respiratórios e cardiovasculares.

«A exposição a partículas ultra-finas pode estar associada a 280 mil casos de pressão arterial elevada, 330 mil casos de diabetes e 18 mil casos de demência na Europa», lê-se na apresentação do novo estudo, que extrapolou os casos notificados destas doenças em torno do aeroporto Schiphol de Amesterdão para apresentar a primeira estimativa dos efeitos para a saúde associados às UFP relacionadas com a aviação na Europa.

Em Lisboa, dos 2 milhões e 215 mil residentes que podem ser afectados, estima-se que cerca de 36 mil sofram de doenças com origem nas PUF: mais de 18 mil e 600 com diabetes; quase 15 mil e 500 com hipertensão e cerca de 1800 com demência. Os dados podem servir de alerta para o Governo de Luís Montenegro, que em Maio admitiu aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado para 45 movimentos por hora. Por outro lado, elucidam sobre a urgência de desactivar esta infra-estrutura, tendo em conta o impacto na população, como tem vindo a alertar a Plataforma Aeroporto Fora, Lisboa Melhora

Cerca de mil vezes mais pequenas do que um fio de cabelo, as UFP dos aviões são emitidas a grandes altitudes, mas também na descolagem e aterragem, afectando particularmente quem vive e trabalha perto dos aeroportos. De acordo com a análise, quem vive num raio de cinco quilómetros de um aeroporto respira um ar que contém, em média, entre 3000 e 10 000 partículas ultra-finas por centímetro cúbico emitidas pelas aeronaves.

O estudo revela ainda que as PUF são particularmente preocupantes devido a penetrarem profundamente no corpo humano, tendo sido encontradas no sangue, no cérebro e, no caso das grávidas, na placenta. Outra preocupação passa pelo facto de ainda não existir regulamentação sobre níveis seguros de UFP no ar, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter alertado há mais de 15 anos para um poluente alvo de preocupação emergente. 

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