Na passada terça-feira, activistas do Núcleo de Viseu – Santa Comba Dão da URAP levaram a cabo uma jornada de denúncia e esclarecimento acerca do projecto de criação de um «Museu Salazar», que culminou com a apresentação do livro Forte de Peniche, Memória, Resistência e Luta, no Auditório Mirita Casimiro.
Foram recolhidas cerca de 400 assinaturas para a petição dinamizada pela URAP contra a instalação daquele equipamento, independentemente do nome atribuído, e distribuídas centenas de exemplares de um documento explicativo das posições veiculadas pelos resistentes antifascistas sobre «a pretensão de materializar no Vimieiro um pólo de saudosismo fascista e de revivalismo do regime ilegal e opressor, derrubado pelo 25 de Abril de 1974».
A URAP acrescenta num comunicado que, em resposta às perguntas colocadas nesse dia numa conferência de imprensa, foi percorrido um roteiro desde a resistência antifascista ao longo dos 48 anos de ditadura, no distrito de Viseu, passando pelas sucessivas tentativas de criação de um museu dedicado a Salazar.
Depois de, no passado mês de Setembro, a Assembleia da República ter condenado a criação do museu, com a abstenção do PSD e do CDS-PP, o presidente da Câmara de Santa Comba Dão (PS) mostrou-se indignado, realçando que se tratava de uma «desconsideração para com os santacombadenses» e para consigo.
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