O Município defende num comunicado que a medida tomada pela IP, enquanto empresa com «um papel estratégico no desenvolvimento económico-social do País», fere os interesses de Tunes, do concelho e do próprio conceito de desenvolvimento regional.
Por outro lado, denuncia que «em nada é consentânea com o discurso oficial de reforço da coesão social e territorial», que «obriga a apostar no interior e nos pequenos centros urbanos, debelando as assimetrias intra-regionais.
A Câmara liderada por Rosa Palma (CDU) frisa que a solução deveria passar por manter, valorizar e requalificar aquela que é considerada a terceira mais importante a Sul do País.
A autarquia sublinha que a Direcção Ferroviária de Tunes, encerrada a 17 de Setembro, movimentava um «elevado número» de passageiros e desenvolvia «relevante actividade ferroviária, numa terra já de si com longa história e tradições no campo da ferrovia».
Unidade hoteleira ocupa instalações
Os 25 trabalhadores terão sido transferidos para Faro sem negociação prévia e prevê-se que as instalações que ficaram desocupadas venham a receber uma unidade hoteleira.
A Câmara de Silves denuncia, porém, que a possibilidade da instalação de uma unidade hoteleira em Tunes, «hipótese acenada pela IP, através de negócio imobiliário», se, «num quadro mais geral, é um investimento que é sempre bem-vindo, no caso em concreto, não compensa «nem pode justificar a extinção da Direcção Ferroviária de Tunes».
Em Tunes está já a circular um abaixo-assinado contra a decisão de transferir a Direcção Ferroviária de Tunes para Faro, «deslocando 25 trabalhadores e criando problemas sérios às respectivas famílias».
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