Os comunistas reconhecem num comunicado que a reorganização administrativa da cidade de Lisboa, «fruto do entendimento da maioria do PS na Câmara e na Assembleia Municipal da capital com o PSD», conduziu a um «profundo recuo» na resposta aos interesses da população.
Na área da limpeza urbana, frisa, as consequências da reorganização administrativa «são hoje agravadas em períodos de maior produção de resíduos sólidos».
Com a passagem das competências para as juntas de freguesia foram transferidos cerca de 600 trabalhadores e desmantelados serviços da Câmara de Lisboa, verificando-se a «ruptura na capacidade dos serviços de recolha dos resíduos sólidos urbanos (RSU)».
O PCP alerta para «uma incapacidade premente» por parte das juntas de freguesia para dar resposta à limpeza e varredura de ruas, daí resultando o recurso à contratação de empresas privadas e consequente «precarização» dos vínculos dos trabalhadores da área, e defende que a Câmara de Lisboa deve reassumir competências nesta matéria.
Os comunistas denunciam que, «por detrás da retórica utilizada por PS e PSD para justificar o processo de reorganização administrativa em Lisboa – modelo desastroso que agora querem impor ao resto do País através da lei-quadro de transferência de competências –, baseada na ideia de proximidade aos cidadãos, bem como nas possíveis poupanças na gestão dos serviços», está afinal a privatização de serviços e a «cedência constante a grandes interesses económicos».
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