A Assembleia da República aprovou ontem, por unanimidade, o projecto de resolução do PCP, onde se propõem medidas para a instalação e funcionamento do Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos.
Numa altura em que está em curso a candidatura do tapete de Arraiolos a Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, o projecto comunista recomenda ao Governo a nomeação, em 30 dias, de uma comissão responsável pela revisitação da proposta de criação do Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos, a apresentação da referida proposta no prazo de 120 dias, e a aprovação, no prazo de 180 dias após publicação do projecto de resolução, dos estatutos do Centro.
A criação deste Centro está prevista na Lei n.º7/2002, que nunca chegou a ser aplicada. Os comunistas defendem que «apesar de não corresponder integralmente às propostas feitas pelo PCP, nomeadamente no que se refere às condições de classificação, denominação de origem e certificação», foi essa lei que criou o Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos. Simultaneamente, afirmam que a polémica instalada relativamente à certificação do tapete decorre da não aplicação da lei.
Tapete «bordado» na pedra
Desde o passado mês de Junho que centenas de pedras de calçada compõem o tradicional tapete de Arraiolos no chão da Praça do Município da vila, situada no distrito de Évora.
Segundo comunicado da Câmara de Arraiolos, mais do que uma nova atracção turística, «esta arte em pedra permite apreciar, tanto a qualidade da calçada portuguesa, como a arte dos tapetes de Arraiolos». A obra «bordada» com escopa e cinzel por calceteiros de Gáfete, no concelho do Crato, realizou-se no prazo de um mês e retrata um tapete característico do século XVII.
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