A par do incumprimento da resolução publicada no Diário da República, a 3 de Agosto de 2016, a crítica recai na falta de resposta às perguntas dirigidas pela bancada comunista aos ministérios da Cultura, Trabalho e Economia, há mais de um ano.
Num comunicado, o grupo parlamentar do PCP denuncia que o Governo «não se dignou a responder» às várias perguntas colocadas acerca dos problemas culturais, patrimoniais, laborais e económicos relacionados com o Tapete de Arraiolos, nem tampouco adiantar qualquer nota de esclarecimento, apesar de já ter decorrido «quase um ano e quatro meses».
Além de «algumas (poucas) declarações proclamatórias relativamente a esta matéria», os comunistas realçam que não se regista «uma única iniciativa do Governo PS para a protecção, valorização e promoção do Tapete de Arraiolos», sublinhando que «toda esta falta de medidas do Governo e de resposta às questões colocadas é reveladora do desprezo a que o Governo PS está a votar o Tapete de Arraiolos».
Frisam ainda que, apesar de o Executivo de António Costa não tomar «uma única medida de defesa do Tapete, das tapeteiras, dos comerciantes e de toda a economia local» envolvida, os problemas se agravam.
Numa entrevista à Rádio Campanário, no mês passado, a presidente da Câmara Municipal de Arraiolos, Sílvia Pinto, alertou para o risco de a tradição do Tapete se estar a perder, sugerindo uma alteração curricular de forma a levar o conhecimento do património da região aos mais novos.
«Se há uns anos havia algumas disciplinas onde se fazia o Tapete de Arraiolos, neste momento perdeu-se e não se fala sequer», criticou a edil, frisando a importância de «conseguir uma alteração curricular onde entre esta temática».
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