A posição da Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho encontra-se presente numa resolução aprovada em reunião na última sexta-feira. Os utentes consideram que o serviço prestado pela Transtejo tem vindo a degradar-se ao longo dos últimos anos, com principal incidência nos últimos meses. Apontam a falta de certificados de navegabilidade e a falta de manutenção dos navios como origem da degradação, originando várias avarias que obrigam à interrupção de carreiras sem aviso prévio.
Segundo dados tornados públicos, de uma frota de 22 navios, apenas seis se encontram «realmente e legalmente operacionais», fazendo com que o serviço público prestado, segundo a Comissão de Utentes, «atinja níveis inaceitáveis de degradação, colocando em risco, inclusivamente, a segurança de utentes e trabalhadores».
Apontam a falta de certificados de navegabilidade e a falta de manutenção dos navios como origem da degradação, originando várias avarias que obrigam à interrupção de carreiras sem aviso prévio.
Os utentes exigem «respostas e acções imediatas» por parte da Administração da Transtejo e do Governo, nomeadamente no esclarecimento do número de embarcações que compõem a frota da Transtejo, qual a condição da mesma e quantos barcos asseguram a ligação Montijo/Lisboa. Exigem o lançamento urgente de acções de recuperação e manutenção regular, necessárias à normalização da frota, de modo a repor o nível de operacionalidade necessário.
A alocação urgente pela tutela dos meios financeiros necessários à reposição do stock de peças sobressalentes necessárias às operações de manutenção, de modo a evitar a imobilização de navios por pequenas avarias, é outra das exigências dos utentes.
A Comissão de Utentes defende que sejam tomadas medidas concretas que permitam a recuperação dos navios que se encontram sem os certificados de navegabilidade e questiona que medidas estão previstas para travar a deterioração do Cais do Seixalinho, reivindicando, por exemplo, a reposição imediata da rede de iluminação pública nas vias envolventes ao cais.
Para além de convocarem a concentração para o dia 4 de Janeiro, os utentes decidiram solicitar uma reunião com carácter de urgência à Administração da Transtejo, no sentido de apresentar as suas reivindicações e obter respostas imediatas para as mesmas. Enviaram ainda esta resolução ao Ministério do Ambiente, à Administração da Transtejo, à Câmara Municipal de Montijo, à Câmara Municipal de Alcochete, à Área Metropolitana de Lisboa e aos Grupos Parlamentares.
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