Conseguir «mais e melhores cuidados de saúde» é o objectivo do protesto marcado para a próxima sexta-feira. A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano salienta numa nota à imprensa que os cuidados de saúde na região são «muito precários», e dá exemplos. Revela que são mais de dez mil os utentes sem médico de família, havendo localidades em que a população «só tem cuidados médicos de 15 em 15 dias».
Nalgumas especialidades do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, «só há um médico para cerca de 100 mil utentes», questão que se liga com os tempos máximos de resposta garantidos que, denuncia a coordenadora, «são na sua maioria ultrapassados». No caso das consultas de Otorrinolaringologia, afirma que a espera dos utentes se situa em cerca de três anos.
A par da degradação dos equipamentos, como é o caso do Centro de Saúde de Santiago do Cacém; da Extensão de Saúde de Melides, no concelho de Grândola; ou da Extensão de Saúde de Saboia, no concelho de Odemira, a coordenadora das comissões de utentes aponta a falta de uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) no Serviço de Urgência Básico (SUB) do Centro de Saúde de Alcácer do Sal.
Os utentes criticam ainda o facto de o serviço de urgência pediátrica do HLA, encerrado na passagem do ano devido à falta de médicos para preencher a escala, funcionar sem pediatras.
Recentemente, a Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano lançou uma petição, que pretende levar à Assembleia da República, na qual denuncia os problemas vividos na região e exige a defesa de um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito.
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