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Utentes exigem investimento urgente na Linha de Sintra

A Comissão de Utentes da Linha de Sintra diz que a supressão de comboios causa «transtornos consideráveis» na vida dos passageiros e exige à CP que tome medidas.

Créditos / Nuno Morão

Durante o mês de Outubro, e de acordo com a própria CP, foram suprimidos cerca de 100 comboios na Linha de Sintra. A este facto acresce, refere a comissão de utentes num comunicado, o facto de a empresa ter mantido no último mês, «de forma completamente inexplicável», uma «oferta ajustada de Verão», que se traduziu na redução da oferta no troço Meleças-Rossio a dois serviços no período de hora de ponta e a um fora desse período.

Ao cenário de desinvestimento, a que se junta a redução das composições em muitos dos serviços, de e para o Rossio, opõe-se a introdução dos novos passes intermodais Navegante Municipal e Metropolitano, a partir da qual se registou um aumento significativo do número de utilizadores dos transportes públicos.

Segundo dados da Área Metropolitana de Lisboa (AML), até Outubro de 2019 foram vendidos 723 219 títulos, um acréscimo de 25,5% relativamente ao período homólogo de 2018. No caso da Linha de Sintra, apesar de «não ter havido até ao momento qualquer reforço da oferta», o aumento é «claramente sentido pelos utentes».  


As supressões diárias causam transtornos consideráveis na vida de quem usa o comboio, designadamente «atrasos na chegada ao trabalho e à escola, perda de horários de consultas», representando «uma degradação da qualidade de vida em geral».

Por outro lado, os utentes alertam que as frequentes supressões e atrasos levam a que muitos comboios circulem em sobrelotação, gerando situações de «stress, insalubridade, desconforto e mal-estar devido ao calor», sendo relatadas também situações de desmaio de passageiros.

Tendo em conta que as supressões decorrem da falta de material circulante e dos bloqueios e atrasos na contratação de pessoal especializado para a reparação de composições avariadas, a Comissão de Utentes da Linha de Sintra vai solicitar audiências ao Ministério das Infraestruturas, à CP e às câmaras municipais de Sintra e da Amadora. 

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