O Teatrinho, no Peso da Régua, encheu-se de vitivinicultores comprometidos em levar por diante o conjunto de reivindicações em defesa dos seus interesses e da Região Demarcada do Douro, Património Mundial da Humanidade.
A acção promovida pela Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) tinha como pontos de ordem avaliar a situação da vitivinicultura duriense, reclamar apoios «excepcionais» e «urgentes» para minimizar os prejuízos acumulados na vinha durante este ano, e defender o regresso da gestão da Casa do Douro, e respectivo património, aos produtores.
A atribuição de apoios financeiros, a fundo perdido, para acudir aos prejuízos provocados pela doenças do míldio, oídio e pelo granizo que caiu, nos passados dias 7 e 8, em alguns concelhos; a isenção temporária do pagamento das contribuições mensais para a Segurança Social, por parte dos pequenos e médios agricultores; e a revogação do Decreto-Lei n.º 152/2014, que transformou a Casa do Douro em entidade privada, legalizando a ocupação da sede e o usufruto de outros recursos da instituição e dos vitivinicultores, por parte de uma organização que «não representa a lavoura», fazem parte do conjunto de 12 reclamações aprovadas ontem.
A convite da Avidouro, João Ramos, eleito comunista na Assembleia da República, participou no encontro e reiterou a disponibilidade do PCP para continuar a defender a Casa do Douro e a lavoura duriense. Na sua intervenção informou os presentes sobre a actuação do grupo parlamentar do PCP a fim de reverter a situação criada pelo anterior governo. Valorizou a iniciativa da Comunidade Intermunicipal (CIM) em defesa da Casa do Douro e da Região Demarcada, e apelou aos autarcas desta região para que se unam neste propósito e o manifestem ao Governo e à Assembleia da Republica.
No fim do encontro, os vitivinicultores realizaram um desfile, que culminou na Casa do Douro, onde exigiram que o Governo tome medidas imediatas.
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