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Aumento das taxas de juro é mau sinal para Portugal

O anúncio do Banco Central Europeu (BCE), de aumento das taxas de referência em 50 pontos, uma opção que interessa aos grandes grupos económicos, mostra que a inflação está longe de ser passageira.

O PCP recusa a impossibilidade de o País poder decidir sobre o seu próprio destino
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A decisão da União Europeia e do BCE de subida do valor das taxas de juro e o consequente encarecimento do custo de capital implicará, para além da desvalorização dos salários, a subida de muitas prestações bancárias e maior dificuldade no acesso ao crédito, colocando milhares de famílias e pequenas e médias empresas em situação de maior fragilidade.

Esta opção do BCE provocará um maior desequilíbrio entre as condições de financiamento público e privado, prejudicando as economias periféricas da zona Euro como a portuguesa e beneficiando as grandes potências europeias, como a Alemanha.

Entretanto, o PCP, reagindo a este aumento das taxas de juro, reclama o combate à inflação «através de medidas de valorização dos salários e de uma intervenção do Estado na política de preços e na oferta dos bens e serviços essenciais».

Em comunicado, os comunistas consideram ainda «que o brutal aumento dos preços é inseparável da política de sanções, que tem sido determinada em função dos interesses dos EUA», o principal beneficiário da actual escalada de confrontação internacional.

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