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Cabaz com IVA zero já está mais caro do que antes da isenção do imposto

Era o que se antevia por todos - entre os que opuseram e os que promoveram a medida. Com o IVA zero quem ganhou foram as empresas da grande distribuição que com a especulação aumentaram as margens de lucro. 

Os dados são da DECO proteste e confirmam o que já se esperava: as empresas da grande distribuição aproveitaram o IVA Zero para aumentar as suas margens de lucro no cabaz alimentar. Esta é a conclusão mais evidente que se pode retirar do anunciado pela associação de defesa do consumidor. 

Segundo a mesma, «desde que o IVA zero entrou em vigor, a 18 de abril, o cabaz alimentar nunca tinha estado tão caro. A 15 de novembro, a cesta com 41 alimentos com zero por cento de IVA voltou a subir, ultrapassando, pela primeira vez, os 140 euros». 

Relembre-se tanto o Governo como os partidos de direita, numa opção premeditada, quiseram recusar as propostas de fixação de preços que foram a debate com a argumentação que tal iria provocar escassez de alimentos. A verdade é que o IVA Zero é que provocou escassez, mas nas despensas das famílias que sentem cada vez dificuldades em comprar alimentos. 

Ainda de acordo com a DECO Proteste, os brócolos foram o alimento cujo preço mais subiu desde que a isenção de IVA entrou em vigor. A 15 de novembro, um quilo deste hortícola custava já 3,78 euros, mais 1,37 cêntimos (mais 57%) do que a 17 de abril.

Já na laranja, a subida foi de 72 cêntimos por quilo (mais 52%). A 15 de novembro, um quilo de laranja custava 2,09 euros. No azeite virgem extra, o aumento foi de 33%. A 15 de novembro, uma garrafa de 75 centilitros custava já 10,01 euros, mais 2,49 euros do que na véspera da entrada em vigor do IVA zero.
 

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