O Comité Central do PCP está reunido este domingo para «analisar a situação política e social» e debater as «tarefas do partido» e as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro.
A reunião acontece um dia após uma manifestação da CGTP-IN em defesa de melhores salários e condições de trabalho, que juntou dezenas de milhares de pessoas de todo o país na avenida da Liberdade, em Lisboa e na qual participou o secretário-geral comunista.
Jerónimo de Sousa aproveitou a ocasião para voltar a acusar o Governo de teimosia e de não ter cedido nas negociações orçamentais por já estar a pensar na maioria absoluta.
O líder comunista sugeriu mesmo que a manifestação da Intersindical deveria vista como um «cartão amarelo» ao primeiro-ministro, António Costa.
«Não fazemos isto a pensar no primeiro-ministro. Fazemos por uma necessidade objetiva para a vida das pessoas, para a vida dos trabalhadores. Ninguém consegue explicar porque é que não é possível valorizar devidamente os salários, tanto o salário mínimo nacional, como mesmo o salário médio», sustentou.
O Governo «deveria olhar para esta Avenida [da Liberdade], para estas pessoas, para estes trabalhadores que lutam tanto por um direito de uma vida mais digna» e retirar conclusões, argumentou ainda o líder comunista.
O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas para 30 janeiro de 2022 na sequência do «chumbo» do Orçamento do Estado do próximo ano, no parlamento, em 27 de outubro.
O PCP lembrou, na altura, que este chumbo não obrigava à convocação de eleições e que seria possível e desejável discutir e aprovar uma nova proposta de Orçamento de Estado que tivesse em conta os problemas do país e respondesse às necessidades do povo e dos trabalhadores.
Com Lusa
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