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Cultura de cereais não pára de descer desde adesão à CEE

Dados divulgados pelo INE revelam que a área semeada corresponde a 1/8 da observada em 1986, ano da adesão de Portugal à CEE.

Créditos / Vida Rural

O documento das previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado esta terça-feira, revela que o decréscimo global da área de cereais de Outono/Inverno, menos 3% face a 2018, «mantém a tendência observada nos últimos seis anos, posicionando esta campanha como a que regista menor área desde a adesão» de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), hoje União Europeia.

Trata-se, segundo a análise do INE, de cerca de 1/8 da área observada em 1986. Uma realidade decorrente da aplicação da Política Agrícola Comum (PAC), cujas orientações neoliberais levaram ao abandono de milhares de produções agrícolas e, consecutivamente, à desertificação das zonas rurais, liquidando a agricultura familiar e o minifúndio. 

Apesar da tendência de decréscimo, o instituto informa que os trabalhos de sementeira dos cereais de Inverno, ao longo do mês de Janeiro, decorreram sem contratempos, mas registam-se «reduções, face a 2018, das áreas instaladas de trigo mole, triticale e cevada (-5%), e de trigo duro (-10%)». No centeio e na aveia, as previsões apontam para a manutenção da área.

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