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Dívida pública em crescimento ao longo de cinco meses

A dívida pública continua a subir desde o final de 2017, apesar da desvalorização do Governo do PS face ao problema – que já atinge 322 mil milhões de euros, quando incluídas as empresas públicas.

O secretário-geral do PS, António Costa, acompanhado por Carlos César e por Mário Centeno, em declarações aos jornalistas na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa. 13 de Outubro de 2015
O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, têm afastado uma renegociação da dívida públicaCréditosMiguel A. Lopes / Agência LUSA

Segundo os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal, relativos a Maio, o endividamento das administrações públicas subiu 10 mil milhões de euros face a Dezembro de 2017 e, à excepção de Março passado, tem vindo a subir sucessivamente, fixando-se no máximo histórico de 315 mil milhões de euros. Quando somada a dívida das empresas públicas, este valor sobre para 322 mil milhões de euros.

A dívida do sector privado também subiu em Maio, fazendo a dívida total do sector não financeiro (ou seja, toda a economia com a excepção da banca) ultrapassar os 724 mil milhões de euros.

O nível de endividamento em relação ao produto interno bruto (PIB) é de cerca de 160%, no caso do sector público, e de 370% no total da economia – o que significa que toda a riqueza criada em Portugal em três anos e meio não chegaria para pagar a dívida total.

O Governo tem pautado a sua actuação face à dívida pública pela gestão corrente, nomeadamente através da troca de títulos com juros elevados por outros com juros mais baixos, aproveitando o contexto internacional favorável. O problema é que esta abordagem não abate no volume total da dívida e mesmo no volume dos juros, a redução tem sido mínima face aos custos anuais: que continuam acima dos 7 mil milhões de euros.

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