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Estudantes do Porto denunciam condições deploráveis na Faculdade de Belas Artes

A Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto denuncia  a «situação preocupante e as condições precárias» em que se encontram as instalações da faculdade. Vê as imagens.

Os problemas não são novos e a cada ano que passa os mesmos agravam-se. As condições com que os estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto estão confrontados são um exemplo disso e de como a política de direita é um agente activo na degradação do Ensino Superior público. 

Farta da «situação preocupante e as condições precárias», a Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (AEFBAUP) enviou uma nota de imprensa em que denuncia as condições a que os estudantes estão sujeitos.   

Segundo o relatado, se a situação já era má, após dia 19 de Outubro, com uma tempestade e dias chuvosos, os mesmos encontraram «um cenário deplorável» que compromete a segurança e a qualidade do espaço de trabalho dos estudantes». 

No descrito, em dois pavilhões há «graves problemas de infiltrações e humidade», o que se estende às salas de aulas, espaços comuns, oficinas, e cantina. Na nota de imprensa consta que há água a escorrer pelas paredes e tectos, interditando espaços de estudo e trabalho. «As infiltrações comprometem a integridade das instalações, colocando em risco não apenas o património físico, mas também as condições de trabalho dos estudantes, técnicos e docentes», reiterou a estrutura representativa dos estudantes.

Se a situação já estava, no mínimo, calamitosa, no dia 30, após outra noite de chuva e vento forte, uma das janelas chegou a cair, algo que ilustra bem o perigo a que os estudantes estão expostos. 

A situação não fica, no entanto, por aqui. No pavilhão de madeiras e metais «a chuva cai na oficina quase como fora dela», uma vez que as calhas do telhado «entopem com frequência, até que não aguentam mais». Diz a AEFBAUP que a faculdade usa baldes para conter a água há anos e que o chão já exibe as marcas das infiltrações. 

Mais uma vez,  os estudantes estão sujeitos a um alto perigo, já que «a eletricidade chega a ser cortada no pavilhão, pelo perigo de contacto com a água, e os estudantes muitas vezes têm aulas apenas com a pouca luz natural (a trabalhar com máquinas de corte)».

Os problemas alastram-se ainda ao pavilhão de escultura e pintura, que foi alvo de renovação há apenas dois anos. «Os estudantes trabalham de luvas e cachecol», sendo que nesse espaço decorrem aulas dos mestrados de artes plásticas e escultura. Além do mau isolamento, neste pavilhão recentemente intervencionado, tal como nos restantes, há infiltrações que danificam o trabalho dos estudantes. De acordo com o relatado, a sala de Atelier de Pintura «é frequente a entrada de água em dias chuvosos», o que obriga os estudantes a colocarem panos pelo chão para absorver a água. 

A Associação de Estudantes diz já ter enviado, no passado dia 6, um e-mail à Reitoria da Universidade do Porto que, até à data da publicação desta notícia, ainda não mereceu resposta. 

A humidade está presente em quase todas as salas e danifica o trabalho dos estudantes CréditosAEFBAUP / AEFBAUP
A temprestade de dia 19 de Outubro fez cair uma janela, algo que demonstra as condições de perigo a que os estudantes estão expostos. CréditosAEFBAUP / AEFBAUP
Antes chuva e inflitrações há cabos e quadros electricos que podem ser afectados. CréditosAEFBAUP / AEFBAUP
O chão encontra-se danificado. CréditosAEFBAUP / AEFBAUP

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