João Goulão alerta para a «enorme complacência social» relativa ao consumo de cannabis. O homem que lidera o combate à toxicodependência desde 1997 foi ouvida na Assembleia da República onde defendeu que a cannabis está cada vez mais potente e que é necessária prudência na alteração ao enquadramento jurídico.
A solução portuguesa é citada recorrentemente como exemplo no plano internacional, tendo descriminalizado o consumo sem o despenalizar. João Goulão referiu que o consumo de cannabis acarreta riscos, particularmente quando associado ao consumo de outras substâncias como o álcool ou as benzodiazepinas. «Hoje há urgências, psicoses agudas e esquizofrenias desencadeadas por estes consumos», afirmou.
De acordo com o estudo europeu de 2014 Young People and Drugs, a cannabis é a droga ilícita a que os jovens portugueses atribuem menor risco para a saúde. «As gerações mais velhas desvalorizaram o seu consumo, e o dos filhos, e dos netos», acrescentou Goulão.
Questionado sobre a possibilidade de alteração legal no sentido da legalização das chamadas drogas leves, o responsável considera que «não devemos dar um salto em frente só porque é a altura ou para sermos modernos».
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