Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma ligeira redução da taxa de risco de pobreza em relação ao ano passado, fixando-se em 18,3%. No entanto, para os maiores de 18 anos e em idade activa o risco praticamente ficou inalterado, ao contrário dos idosos e das crianças (que continuam a ser o grupo mais exposto a situações de privação material).
A taxa de risco de pobreza é também mais acentuada para os agregados com filhos menores, particularmente os monoparentais ou com três ou mais filhos. Mais de 10% dos empregados estão em risco de pobreza, acrescenta o inquérito.
Quase metade dos portugueses, 44,3%, não é capaz de pagar uma semana de férias por ano fora de casa e um terço não tem disponibilidade para pagar uma despesa imprevista sem recurso a um empréstimo.
Um dos indicadores que assumem destaque na informação do INE é a percentagem de pessoas que não conseguem manter a casa adequadamente aquecida. Mais de um quinto dos portugueses, 20,4%, estão neste situação.
Sobre a desigualdade na distribuição do rendimento, o inquérito revela que os 10% do topo ganharam dez vezes mais do que os 10% da base, apesar de se ter verificado uma ligeira diminuição. O limiar da pobreza em 2016, valor provisório, foi fixado em 5442 euros anuais.
Desde 2009, a taxa de risco de pobreza atingiu o seu ponto mais elevado em 2013 – mais de 25%. De acordo com a situação perante o trabalho, os desempregados são o único grupo em que o risco de pobreza tem crescido de forma constante desde 2010.
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