Uma das questões mais vincadas neste congresso do PAN, para além da nova direcção e do novo rosto do partido – que passará a ser Inês de Sousa Real, eleita com 87,2% dos votos, substituindo André Silva – foi o facto de o partido se ter procurado afirmar acima do que designam por «dicotomia simplista e redutora entre esquerda e direita».
É o reafirmar de uma orientação que, por um lado, já valeu o apoio do partido à coligação de direita que governa os Açores, quando recentemente viabilizou o seu orçamento. Por outro, permite votar algumas medidas de sociais relevantes e prosseguir uma linha política constante de imposição e proibição.
Aliás, ficou patente ao longo dos trabalhos o lema de que «as causas estão primeiro», que o porta-voz cessante, André Silva, entende serem «transversais a toda a sociedade e maiores do que qualquer gaveta ideológica». O PAN prossegue o seu objectivo de cavalgar a partir da causa ambiental, mas sem colocar em causa o sistema político e económico que lucra com a exploração desenfreada dos recursos naturais.
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