Rangel comentava ao Público uma notícia do site norte-americano Politico, que dá como provável a nomeação do francês Pierre Moscovici, actual comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, para o lugar do holandês Jeroen Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo (o encontro informal dos ministros das Finanças da zona euro).
De acordo com o deputado do PSD, a hipótese já foi discutida ontem, tanto na cimeira europeia como na reunião do grupo do Partido Popular Europeu (PPE, de que é vice-presidente), em Bruxelas.
Ao Público, Paulo Rangel disse que «há muito tempo que, no Parlamento Europeu e na Comissão, se fala nesse modelo, que prefiguraria o papel de ministro das Finanças europeu».
O Eurogrupo não é um organismo oficial da União Europeia mas, até agora, a convenção era que a presidência coubesse a um dos ministros que o integram. Dijsselbloem substituiu Jean-Claude Juncker quando o luxemburguês saiu do governo do seu país, em 2013, e foi novamente indicado em Julho de 2015. Após as eleições de Março, o governo que integra está demissionário e o seu partido (um dos maiores derrotados) já indicou que não vai integrar uma nova coligação.
O lugar terá que ser preenchido até Janeiro de 2018, quando ficará vago. Não havendo regras escritas, todas as possibilidades estão em aberto, defende Rangel: indicar um dos ministros ou reforçar o poder da Comissão Europeia. A segunda é «bastante consensual» dentro dos grupos maioritários no Parlamento Europeu, afirma.
O deputado português adianta ainda a possibilidade de alterar os tratados em 2019 para conferir ao comissário com responsabilidades nos Assuntos Económicos e Financeiros um estatuto equivalente ao da Alta Representante para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini – «uma espécie de ministra europeia», nas palavras de Paulo Rangel.
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