A nomeação do vice-almirante Pereira da Cunha para vice-chefe do Estado Maior da Armada (CEMA), substituindo o vice-almirante Bonifácio Lopes que passou à reserva por limite de idade, não deixa de causar estranheza pelo facto do novo vice-CEMA atingir o limite de idade no próximo mês de Agosto, obrigando a uma nova substituição.
Esta nomeação, confirmada pelo Presidente da República, é recebida com surpresa pelo eventual carrosel de substituições que se pode vir a dar na Marinha, considerando que o actual chefe de Estado Maior da Armada termina o seu mandato no final do ano e a sua eventual recondução por 2 anos ser de difícil concretização, dado que o limite de idade não lhe permitiria completar o mandato.
Entre o almirantado alimenta-se a possibilidade de a Marinha poder vir a ocupar no início do próximo ano a chefia do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), substituindo o actual CEMGFA que é tido como muito ligado às políticas da anterior maioria. Porventura, serão todos estes ses que, nos bastidores, estarão a contribuir para inviabilizar uma organização mais ajustada e estável no topo da hierarquia da Armada.
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