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Protecção dos oceanos: PEV reclama mais acção e menos discurso

A propósito da Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, Os Verdes sublinham que Portugal tem sucessivamente negligenciado uma verdadeira política de salvaguarda e protecção dos nossos mares.

O NRP <em>D. Carlos I</em> é um navio hidrográfico da Marinha que tem como missão apoiar a execução das actividades de investigação e desenvolvimento tecnológico relacionadas com as ciências e as técnicas do mar
Créditos / Marinha

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) espera desta Conferência que decorre em Lisboa, «mais protecção e menos discurso» para travar a poluição dos mares.

O PEV considera que um país costeiro, como Portugal, com uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) mundiais, tem «levado a cabo opções políticas e definido estratégias de costas voltadas para este mar imenso», nomeadamente a forma como o ordenamento da nossa costa continua a não ter em conta a sua vulnerabilidade, a continuada ocorrência de focos de poluição diversa, a sucessiva perda de soberania derivada dos acordos comunitários ou de pesca e a forte ameaça de concessão privada de talhões oceânicos para exploração, seja dos fundos marinhos ou dos seus recursos minerais.

Os Verdes chamam ainda a atenção para o pedido de desculpas de António Guterres, escusando-se no facto de a sua geração nada ter feito, ou ter feito muito pouco, para impedir que os oceanos chegassem ao actual estado de degradação, recordando, por um lado, que o ex-primeiro-ministro português «teve em mãos a organização da feira mundial Expo98, cujo tema era precisamente os oceanos. Por outro, que 24 anos volvidos, Portugal com a sua grande ZEE à espera de aumentar para o dobro continue, continue «praticamente de costas voltadas em termos de combate às alterações climáticas, de melhoria dos meios marinhos de vigilância e proteção dos ecossistemas regulando de forma efectiva a pesca agressiva industrial».

O PEV denuncia como como causas de poluição e de declínio dos oceanos, «a sobrecarga que resulta do turismo massificado, no mar e em terra, ou ainda do insustentável modelo de produção e consumo assente nos descartáveis» e reclama medidas urgentes, «muitas das quais ficarão à margem, tal como os seus efeitos práticos, do fórum de discussão que terá lugar em Lisboa».

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