Nuno Magalhães exige que governo apresente medidas antes de rejeitar eventuais sanções a Portugal vindas de Bruxelas. A posição do CDS foi assumida na abertura das jornadas parlamentares do partido nos Açores.
O líder parlamentar do CDS considera que as sanções, caso venham a ser aplicadas, resultam da «incompetência deste governo» e disse esperar que sejam apresentadas medidas para evitar as sanções como condição para votar favoravelmente o projecto de resolução que o PS se prepara para apresentar na Assembleia da República.
O presidente do PSD diz que «não há nenhuma razão para falar em sanções» pela actuação do anterior governo. Passos Coelho afina pela mesma nota que o CDS e diz que a responsabilidade por eventuais sanções será imputada ao actual governo. O ex-primeiro-ministro foi mais longe ao afirmar que o PSD «não alinha em lutas» com as instituições europeias e que em causa está «um discurso antieuropeu» no seio da maioria parlamentar de suporte ao governo.
Em causa está a decisão da Comissão Europeia sobre a aplicação de sanções a Portugal, adiada para Julho, por não ter cumprido o limite do défice imposto nos 3% do Produto Interno Bruto em 2015. O actual governo tomou posse no final de Novembro do ano passado, o que significa que Passos Coelho foi primeiro-ministro do governo de PSD e CDS que esteve em funções durante 11 meses de 2015.
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