A partir do 25 de Abril, a taxa de crianças com idade para frequentar o 1.º ciclo que estava matriculada numa escola foi subindo, até chegar aos 100% em 1981. E assim ficou até a troika e o governo do PSD e do CDS-PP entrarem no País.
Em 2014, pela primeira vez em 40 anos, a taxa de escolarização naquele nível de ensinou baixou. Nesse anos, 2,1% das crianças que deveriam frequentar uma escola primária não estavam matriculadas; no ano seguinte, o último do anterior governo, o valor subiu para 3%, de acordo com os dados recolhidos pela Pordata.
Mas não foi só no 1.º ciclo que se verificou uma queda nos níveis de escolarização. Depois de em 2011 se terem alcançado os máximos históricos no 2.º e 3.º ciclo, o abandono escolar precoce voltou a crescer, como, aliás, no período imediatamente seguinte à passagem anterior dos dois partidos pelo governo.
De 95,4% no 2.º ciclo e 92,1% no 3.º ciclo, em 2011, os valores caíram para 88,5% e 86,5%, respectivamente, em 2015. Também no pré-escolar se registou a única quebra desde que há registos, entre 2013 e 2014.
No Ensino Secundário, apesar de este ter integrado a escolaridade obrigatória para os estudantes que entraram no 10.º ano em 2012/2013, em 2012 registou-se uma ligeira redução da taxa de escolarização em 0,2 pontos percentuais. Em 2015, ano em que os primeiros estudantes abrangidos pela escolaridade obrigatória de 12 anos concluíram o Ensino Secundário, apenas 74,6% dos jovens com idade para o frequentar estavam matriculados.
Recorde-se que o número de escolas do 1.º ciclo pelo País desceu abruptamente desde 2006. Nos últimos dez anos, passaram de mais de 8000 para pouco mais de metade: 4314 em 2016. Nos 30 anos anteriores, a redução foi de menos de 3000.
Os dados constam do Retrato de Portugal 2017, uma publicação divulgada hoje, Dia Mundial da População.
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