O deputado do PCP no Parlamento Europeu defende que o próximo Conselho Europeu (28-29 de Junho) deve «lançar as bases para a convocação de uma cimeira intergovernamental» para institucionalizar a «reversibilidade dos tratados, da suspensão imediata do Tratado Orçamental e a sua revogação, como da revogação do Tratado de Lisboa».
Os comunistas rejeitam leituras que encaram o voto dos britânicos como um problema, apontando para a «oportunidade» aberta de um «novo e diferente caminho de cooperação na Europa, de progresso social e de paz». O dirigente do PCP sublinha a necessidade de se «enfrentarem e resolverem os reais problemas dos povos» da Europa. O caminho passa pela ruptura com os «constrangimentos decorrentes do processo de integração capitalista europeia» e pela cooperação entre estados «soberanos e iguais em direitos».
João Ferreira sublinhou que os resultados expressam «a rejeição das políticas da União Europeia», apesar de reconhecer que também estiveram em causa motivações de «carácter reaccionário» aproveitado por discursos xenófobos. O PCP condena ainda as «gigantescas e inaceitáveis pressões e chantagens» internas e externas, nomeadamente dos grandes grupos económicos, de organizações internacionais e mesmo das instituições europeias.
Os comunista voltaram a apontar a necessidade do País se preparar «para se libertar da submissão ao Euro», como garantia de «direitos, emprego, produção, desenvolvimento e soberania».
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