O PSD anunciou na sexta-feira, pelo voz do seu líder, que vai preparar diversos pacotes de reformas para rever a Constituição, alterar a Justiça e modificar o sistema político, designadamente com alterações às leis eleitorais e à lei dos partidos.
A intenção de Rui Rio não é nova, mas o social-democrata anuncia agora a constituição de comissões dentro do seu partido, que têm a missão de construir as propostas.
Para alcançar os seus objectivos, Rui Rio estende a mão para entendimentos como o PS, partido sem o qual dificilmente conseguirá as reformas que pretende, como explicou em declarações à Lusa, dizendo que «com o PS essas reformas passam, sem o PS não passam».
O líder do PSD afirma ainda que quer discutir questões como a regionalização, o tempo do mandato do Presidente da República, o tipo de governo nas câmaras municipais, ou ainda aquilo que designa de medidas para reforçar a «transparência interna» nos partidos.
O anúncio destas pretensões em plena campanha eleitoral, momento em que a discussão pública se centra sobre os conteúdos da Lei Fundamental do País, assim como recentes posicionamentos de aliança com o Chega, revelam que o PSD não olhará a meios para cumprir o ajuste de contas que há muito quer fazer com a Constituição.
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