As instituições europeias da troika voltaram a Portugal para criticar o aumento do salário mínimo nacional e alertar para os «potenciais custos orçamentais» da reversão de privatizações, nomeadamente no sector dos transportes. Esta é a quarta avaliação após a «saída limpa» anunciada pelo anterior governo em 2014.
A Comissão Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (BCE) reconhecem que «a execução orçamental está no caminho certo entre Janeiro e Abril», no entanto continuam a ver riscos orçamentais nas «medidas políticas domésticas». A reposição de rendimentos, o principal alvo da crítica de Bruxelas, iniciou-se já em Janeiro, nomeadamente com o aumento do salário mínimo, o que significa que as consequências já começam a ser visíveis. No comunicado conjunto, a CE e o BCE reconhecem isso mesmo ao admitirem uma recuperação da actividade económica através do crescimento do consumo privado.
As instituições europeias sublinharam a preocupação com a exposição do sector financeiro ao crédito malparado e às consequências no capital das instituições bancárias.
Apesar da propalada «saída limpa» da troika em 2014, as instituições europeias e o Fundo Monetário Internacional (FMI) mantêm missões de vigilância sobre Portugal. A avaliação do FMI está a ser feita por uma missão da instituição que permanece no País até 30 de Junho.
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