Em comunicado, a ANS critica a subtileza do secretário de Estado da Defesa (SEDN), quando das declarações que fez na Comissão Parlamentar de Defesa na passada terça-feira, a propósito das respostas dadas sobre «a contagem do tempo a partir de 1 de Janeiro de 2018, as progressões remuneratórias e os consequentes reposicionamentos nas respectivas posições remuneratórias».
A ANS acusa o SEDN «de, objectivamente, confundir as situações, referindo ter conhecimento de 2580 progressões no Ministério da Defesa, sabendo que tal se refere a pessoal civil, o que torna ainda mais evidente o tratamento discriminatório que incide sobre os militares».
A ANS insurge-se também pelo facto de o Ministério da Defesa não receber as associações profissionais de militares para discutir estas questões, «com a justificação de uma reunião que concedeu à AOFA (Associação de Oficiais)», e assume a sua disponibilidade de cooperação e solidariedade institucional, salientando que, «como a ANS não representa o universo da AOFA ou da AP (Associação de Praças), também a AOFA não representa o universo da ANS e da AP».
O comunicado sublinha ainda a necessidade de medidas concretas para a resolução dos problemas que mais afectam os militares, cujo atraso contribuirá para minar «a coesão e a disciplina, que se materializam em dificuldades no recrutamento e retenção dos jovens para servir Portugal nas Forças Armadas, e no descontentamento, desmotivação e frustração daqueles que dedicaram e continuam a dedicar as suas vidas ao serviço de Portugal, como militares das Forças Armadas Portuguesas».
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