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Israel mata sete manifestantes palestinianos, o mais novo com 12 anos

A repressão sangrenta das forças israelitas sobre os protestos em Gaza, na sexta-feira, provocaram 506 feridos, 90 dos quais alvejados com fogo real, e sete mortos, incluindo duas crianças.

Mulheres palestinianas participam nos protestos na fronteira a leste da Cidade de Gaza. 8 de Junho de 2018
CréditosMohammed Saber / EPA

Os protestos no âmbito da Grande Marcha do Retorno, que duram desde o final de Março, voltaram a marcar o dia de ontem em Gaza. A reacção das forças de cerco israelitas foi brutal, provocando a morte de sete manifestantes, dois dos quais crianças de 12 e 14 anos, segundo dados do Ministério da Saúde em Gaza, reportados pela agência palestiniana Ma'an.

As acções repressivas provocaram ainda 506 feridos, 90 dos quais vítimas de disparos com fogo real, permanecendo três palestinianos em estado crítico. 35 das vítimas são crianças, quatro são paramédicos e três jornalistas.

Estes protestos incluem-se nas mobilizações da Grande Marcha do Retorno, iniciadas em 30 de Março e que têm como objectivos primordiais o levantamento do bloqueio imposto pelos israelitas à Faixa de Gaza há 12 anos e a afirmação do direito de retorno às suas terras dos refugiados palestinianos – e seus descendentes – que Israel expulsou no âmbito da campanha de limpeza étnica que levou a cabo por ocasião da sua fundação, em 1948.

Desde o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno, a repressão das forças armadas sionistas já provocou mais 180 mortos entre os palestinianos. O número de feridos é superior a 19 mil.

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