Um choque frontal provocou ontem a morte a duas pessoas no Itinerário Complementar (IC) n.º 8, em São João da Ribeira, na freguesia de Almagreira, concelho de Pombal.
Esta nova tragédia aumenta para 12 as vítimas mortais de acidentes rodoviários na via que faz a ligação entre a A17, junto ao Outeiro do Louriçal (Pombal), e a A23, perto de Vila Velha do Ródão, só no ano de 2018. O último acidente ocorreu em Setembro e roubou a vida a seis pessoas.
Num comunicado, o PCP frisa que «não pode haver mais tempo a perder na necessária requalificação do IC8» e que compete ao Governo tomar todas as medidas e garantir os recursos necessários para uma intervenção urgente nesta via, de acordo com recomendações aprovadas pela Assembleia da República.
«É incompreensível e mesmo criminoso que, face a uma tendência continuada de alta sinistralidade nesta via, o Governo e a Infraestruturas de Portugal considerem que o estado e perfil daquela via são os adequados e desvalorizem os acidentes ocorridos», denuncia.
Ao mesmo tempo, critica a actuação do Executivo do PS, «cujas palavras sobre o investimento no desenvolvimento do interior do País se traduzem em inacção» e, neste caso em particular, «na recusa em intervir de forma decidida e definitiva na requalificação de uma via rodoviária estruturante para o desenvolvimento do norte do Distrito de Leiria, nomeadamente do Pinhal Interior Norte».
O PCP sublinha que, «de há muitos anos a esta parte» se bate pelo combate à sinistralidade no IC8 e à sua requalificação, «quer através de posições políticas, quer com propostas fundamentadas em sede dos orçamentos do Estado/programas de investimento e despesa de desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC).
Quanto à responsabilidade pelos trágicos episódios no IC8, atribui-a aos sucessivos governos do PSD, CDS-PP e PS, «que ao longo dos anos se têm recusado a proceder à requalificação do IC8».
Concretamente sobre o PSD, dizem que tenta «fazer esquecer as suas responsabilidades no traçado e perfil do IC8, na não conclusão deste itinerário ao longo dos anos e nas insuficientes e desadequadas intervenções nesta via (nomeadamente em 2012 e 2013) que contornaram a questão de fundo: a transformação do perfil desta via».
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