Num comunicado enviado ao início da tarde, os utentes afirmam que, depois dos anúncios da aquisição de dez novos navios para a Transtejo e para a Soflusa, e do reforço de verbas para a manutenção da frota (que tinha sido rejeitado no Orçamento do Estado para 2018), a proposta de Orçamento do Estado para 2019 para estas empresas é «manifestamente insuficiente».
Salientam que as últimas semanas têm sido «críticas» ao nível do serviço prestado pela Transtejo, «com a sucessiva supressão de ligações entre Cacilhas e o Cais do Sodré», e insistem na urgência de a empresa adquirir mais barcos, contratar mais trabalhadores e realizar uma manutenção «séria» dos equipamentos existentes.
Até porque, ironizam, «os utentes da Transtejo e da Soflusa não atravessam o rio com anúncios de futuros barcos, de futuras manutenções, da futura contratação de trabalhadores». Desta forma, acrescentam que não se pode esperar que as pessoas prefiram utilizar o transporte público «quando este não é minimamente fiável».
A degradação do transporte fluvial prestado pelas empresas Transtejo e Soflusa acentuou-se nos anos da troika, com navios encostados por falta de manutenção ou de renovação dos certificados de navegabilidade
A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul informa que já fez chegar a denúncia da situação na Transtejo ao Governo, grupos parlamentares e Área Metropolitana de Lisboa. Entretanto, está já agendada uma reunião com a Câmara Municipal de Almada a quem os utentes vão solicitar que tome posição sobre a matéria.
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