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Trabalhadores das IPSS exigem o aumento dos salários

Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) estão esta sexta-feira em greve. Em causa estão os baixos salários, apesar de o Estado atribuir avultuadas verbas às IPSS.

Concentração de trabalhadores das IPSS, em greve, no Largo do Terreiro, no Porto. 30 de Novembro de 2018
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Em comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores da Função Pública e Funções Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN), que convocou a greve e a manifestação no Porto, afirma que o protesto tem o objectivo de exigir melhores salários para os mais de 200 mil trabalhadores do sector.

A manifestação partiu esta tarde da Avenida dos Aliados, no Porto, até à Praça do Terreiro, onde os trabalhadores estiveram concentrados em protesto junto à sede da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. No local foi ainda aprovada uma resolução reivindicativa, por unanimidade, a ser entregue à estrutura nacional das IPSS.

Para a federação, as IPSS – nas mais diferentes respostas sociais, tanto na pobreza, como na exclusão social – são de «iniciativa particular e prestam serviços sociais de grande importância para o País e para a economia social, recebendo do Estado, para o efeito, avultadas verbas através de acordos de compromisso de cooperação, para além do que é cobrado aos utentes».

Apesar disso, os trabalhadores, «ao longo dos anos, têm vindo a auferir baixos salários», estando a grande maioria dependentes do salário mínimo nacional». Uma situação geral, independentemente da categoria, tempo de serviço ou carreira profissional dos funcionários, reitera a estrutura sindical.

«Como se não bastasse, há instituições que, à presente data, ainda não pagaram os retroactivos do mísero aumento salarial de 2017, em contextos que não se justificam, ao mesmo tempo que exigem aos trabalhadores responsabilidades pilares, de grande relevância social, pelas funções que desempenham para acudir às diferentes respostas sociais», acrescenta.

Tendo em conta que são estes trabalhadores que «acompanham e cuidam dos idosos em lar ou ao domicílio, das crianças e jovens, dos deficientes, dos socialmente excluídos, dos mais carenciados e outros de que o Estado se desresponsabiliza para entregar às IPSS», a FNSTFPS afirma que é urgente e fundamental valorizar estas pessoas que garantem o bom funcionamento.

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