A decisão de avançar para greve nesta empresa alimentar, sediada em Mem Martins, no concelho de Sintra, foi tomada em plenário por mais de cem trabalhadores, face à incapacidade da empresa em resolver a questão.
Em declarações ao AbrilAbril, Fernando Rodrigues, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e Indústrias Alimentares (Sintab/CGTP-IN), realçou que a questão arrasta-se há anos, tendo «a paciência chegado ao limite» e sido enviado um «ultimato para que ressolvem o problema até final de 2018».
Segundo o dirigente, a questão central é que os trabalhadores têm direito a um subsídio refeição de 7,5 euros que não recebem, porque a empresa disponibiliza um refeitório onde assegura a refeição por 45 cêntimos. Porém, a última não é servida «com padrões de qualidade, nem de quantidade, expectáveis».
Fernando Rodrigues salientou que a situação chegou ao ponto que quase metade dos trabalhadores da Cerealto optam por abdicar do seu direito e «trazem comida de casa». «A refeição servida no refeitório é mesmo muito má», frisou
«A Cerealto tem feito promessa em promessa. Mantém teimosamente o mesmo concessionário, pois é aquela que oferece o preço mais baixo. Seja qual for a empresa, o que nos interessa é que a comida seja confeccionada de forma a adequada aos trabalhadores, conforme lhes é devido», reiterou.
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