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31 mil professores abandonaram o ensino durante período da troika

Entre 2011 e 2015, anos do governo do PSD e do CDS-PP, foram os que ditaram mais saídas. Numa década abandonaram a profissão 27% dos activos. Escolas públicas perdem quatro vezes mais professores que as privadas.

Enquanto Nuno Crato esteve no Ministério da Educação mais de 30 mil professores abandonaram o ensino
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O relatório sobre o Perfil do Docente, publicado no final do mês de Julho pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Estatística, informa que abandonaram o ensino 42 165 professores. Este número representa mais de um quarto dos docentes, 27%, que leccionavam em 2004/2005. Segundo o Público, o trabalho incide sobre os dez anos que vão desde o ano lectivo de 2005/2006 até ao de 2014/2015.

As saídas aconteceram em todos os graus de ensino, sendo que 40% destes professores eram do 3.º ciclo (7.º, 8.º e 9.º anos) e do secundário. Outra conclusão do relatório é que houve muito mais saídas nas escolas públicas do que nas privadas. Dos mais de 42 mil docentes que abandonaram o ensino, apenas 920 leccionavam no ensino privado.

Também se conclui que grande parte destes professores, 31 352, saíram entre 2011 e 2015, durante o governo do PSD e do CDS-PP e na sequência da assinatura do memorando com a troika. No período analisado, o decréscimo do número de professores começou em 2010/2011, ainda com o governo de José Sócrates.

De 2010 a 2014 foram cortados, segundo um relatório do Tribunal de Contas do final do ano passado, 900 milhões de euros nas despesas com professores. Nesse período foram contratados menos de metade dos docentes e registou-se uma redução de 11 mil nos quadros.

O número de alunos também diminuiu neste período, mas apenas 7,4%, o que significa um aumento no número de estudantes por professor e por turma. Em sentido inverso, diminuíram o número de turmas e foram encerrados estabelecimentos. Desde 2002, fecharam quase cinco mil escolas, 821 das quais com Nuno Crato à frente do Ministério da Educação.

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