Inserida no conjunto de protestos no âmbito da Semana da Igualdade, promovida pela CGTP-IN, a greve de 24 horas abrange as três fábricas da Cinca – Companhia Industrial de Cerâmica, tendo o foco na unidade da Mealhada, no distrito de Aveiro.
A concentração de protesto realizada esta manhã à porta da fábrica, reunindo cerca de 50 trabalhadores, a maioria mulheres, contou ainda com a presença solidária de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN.
Em comunicado, as comissões sindicais de trabalhadores da Cinca realçam que, após a realização de diversas reuniões com a administração e a direcção de recursos humanos da empresa, não foram «dadas respostas satisfatórias às reivindicações mais sentidas».
No documento é realçado que, «devido ao bloqueio negocial patronal, não têm sido negociados aumentos salariais dignos nos últimos anos», cada vez mais próximos do salário mínimo nacional, sem qualquer evolução nas carreiras profissionais.
Além disso, é assinalada a persistência de «grandes discriminações salariais entre trabalhadores que exercem trabalho igual ou de valor igual, sem serem tomadas medidas para as erradicar e para nivelar os salários por cima».
Os trabalhadores denunciam ainda o clima de grande pressão e intimidação, bem como os ritmos de trabalho intensos, «que contribuem para acidentes de trabalho e a existência de doenças profissionais», sobretudo tendo em conta o equipamento fabril «obsoleto» e «ultrapassado»
«Como se não bastasse, a empresa alterou unilateralmente a categoria profissional consagrada no contrato colectivo de trabalho, sem o acordo dos trabalhadores nem dos seus sindicatos», lê-se no comunicado.
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