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Trabalhadores respondem a ofensiva laboral de sindicato da UGT com semana de luta

O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (UGT), que gere os hospitais e clínicas do SAMS, insiste em acabar com os direitos da contratação colectiva. Os trabalhadores respondem com greves e protestos de 25 a 29 de Março.

Fachada do hospital do SAMS em Lisboa
CréditosTiago Petinga / Agência LUSA

A decisão de avançar para uma semana de luta no fim de Março, com um conjunto de acções desde greve, concentrações e acções de denúncia, foi tomada em plenário, afirmam a frente sindical e a Comissão de Trabalhadores do Serviço de Assistência Médico-Social (SAMS).

A situação, que se arrasta desde o final de 2016, assume particular gravidade tendo em conta que a gestão do SAMS está a cargo do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), uma das principais estruturas da UGT. O secretário-geral da central, Carlos Silva, já foi seu dirigente e actualmente é presidido pelo deputado do PS Rui Riso, que também é membro da Comissão do Trabalho na Assembleia da República.

Em declarações ao AbrilAbril, o dirigente do SEP Rui Marroni afirmou estar em causa a insistência da direcção do SBSI em retirar direitos através da caducidade da contratação colectiva.

Além disso, denunciou «reiterados incumprimentos» ao acordo de empresa, bem como em diversas matérias, como o recurso à precariedade, tendo destacado que o sindicato da UGT bate muitas empresas, com «mais de 1000 trabalhadores com vínculos precários ao seu serviço».

A ampla frente sindical denuncia que a estratégia dos dirigentes do SBSI tem sido de «fingirem negociar», ao mesmo tempo que exercem uma «vergonhosa pressão» sobre o Ministério do Trabalho, com o «único objectivo de anular as convenções colectivas dos cerca de 1400 trabalhadores ao seu serviço».

«Esta falácia negocial ficou perfeitamente clara quando a direcção do SBSI decidiu encerrar, em 31 de Dezembro de 2018, os processos de mediação requeridos pelos sindicatos e há duas semanas enviou ofícios a alegar "insucesso negocial", para tentar forçar o Ministério do Trabalho a caducar as convenções colectivas», lê-se.

O comunicado relata ainda que, tanto sindicatos como a comissão de trabalhadores do SBSI/SAMS, já apresentaram exposições e solicitaram audiências aos gabinetes do ministro do Trabalho e do primeiro-ministro, ainda sem resposta, «para mediar esta incoerente e inadmissível atitude de Rui Riso» e dos dirigentes da UGT.

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