O plenário sindical estava agendado para as 10h. À mesma hora estava marcada a Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), onde têm assento todos os provedores de instituições ligadas à UMP.
A CGTP-IN esclarece num comunicado que, na chegada ao Centro João Paulo II, a delegação do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) e da CGTP-IN, com o secretário-geral, Arménio Carlos, foi «barrada por meia dúzia de seguranças que se faziam acompanhar por um quadro da UMP».
Apesar da tentativa de impedimento, a persistência dos dirigentes sindicais levou a que o plenário se realizasse. No final da reunião, uma delegação composta pelos dirigentes sindicais foi recebida pelo presidente do Secretariado Executivo e pelo presidente da Assembleia Geral, a quem entregou uma resolução aprovada no plenário.
Os trabalhadores denunciam que a UMP tem beneficiado da revisão dos protocolos de cooperação com o Governo mas não repercute essas actualizações nos seus salários.
O «insólito incidente», alerta a CGTP-IN, «comprova a necessidade de os trabalhadores não cederem um milímetro no cumprimento dos seus direitos sindicais». Caso o façam, sublinha, «as entidades patronais não hesitarão em tentar limitar a livre acção sindical conquistada há 45 anos com o 25 de Abril de 1974».
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