Em nota de imprensa, o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (CGTP-IN) condenou as acções do conselho de administração (CA) da Soflusa que, no passado dia 9 de Maio, emitiu um comunicado ao público onde se lia que «devido a constrangimentos laborais» as travessias poderiam ser afectadas.
No documento, o sindicato denuncia publicamente a atitude do CA que procurou responsabilizar os trabalhadores pelas supressões entre os dias 10 e 17 de Maio, no decorrer da greve às horas extraordinárias contra a falta de pessoal e a sobrecarga horária que leva a «uma exaustão física e psicológica».
A estrutura sindical frisa que, desde pelo menos 2015, «as organizações andam a alertar para a necessidade urgente de contratação de novos trabalhadores», bem como para a falta de investimento, relembrando que nos últimos cinco anos têm saído para «a reforma vários trabalhadores, principalmente mestres e marinheiros, sem qualquer substituição».
«As admissões não chegam para as saídas, por isso não entendemos o comunicado do CA sobre os constrangimentos laborais, tentativa descarada de implicar aos trabalhadores esta situação», acrescenta.
Além disso, o sindicato frisa que, só em 2018, os marinheiros realizaram 4000 horas extraordinárias, apesar dos efeitos perversos, motivo pelo qual «os acontecimentos ocorridos não podem ser imputados aos trabalhadores que, nos últimos anos, têm tido brio e dedicação profissional, não deixando de cumprir as suas obrigações, muitas vezes em detrimento do seu descanso e acompanhamento familiar».
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