Em comunicado conjunto, a Comissão Sindical da Ecalma e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN) consideram a situação na empresa como «inaceitável», afirmando que o actual conselho de administração (PS/PSD) está empenhado numa campanha para retirar direitos aos trabalhadores.
Em causa está o facto de que o conselho de administração (CA) da Ecalma, do qual faz parte Inês de Medeiros, presidente da Câmara de Almada, instaurou «um processo de inquérito com suspensão a quatro trabalhadores pela simples razão de terem feito greve» no Dia do Trabalhador.
«Pela primeira vez, os trabalhadores assistem ao CA a querer impor o trabalho ao 1.º de Maio, contrariando inclusive o que está no acordo de empresa assinado entre a Ecalma e o STAL», afirma a estrutura, a qual explica que, «perante tal inédita tentativa de imposição», os trabalhadores aderiram à greve decretada.
Segundo o STAL, a decisão foi comunicada individualmente aos trabalhadores por um «arsenal de seis elementos convocados pelo CA para estarem a seu lado aquando daquela comunicação». O carácter excessivo leva a estrutura sindical a entender que o objectivo era intimidar os trabalhadores, situação que classifica como «assédio».
Perante a repressão, a estrutura sindical afirma que convocou plenário para o dia 28 de Maio, reiterando que não vai ceder «de forma alguma a pressões ou chantagens sobre o legítimo exercício de direitos».
Em Agosto de 2018, os trabalhadores da Ecalma realizaram uma greve de 48 horas para exigir o cumprimento do acordo de empresa e o fim da imposição abusiva de transferências do local de trabalho e de horários.
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