Em nota, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) afirma que a petição pela «Instituição de um regime especial da idade legal de reforma para os trabalhadores do sector dos transportes e comunicações, aos 55 anos», surge no seguimento da carta reivindicativa aprovada no 4.º congresso da Fectrans.
Segundo a federação, as características da organização e desempenho do trabalho no sector dos transportes e comunicações – trabalho por turnos, nocturno, em subsolo, no ar, sujeito a vibrações e outras exposições externas –, têm «um forte impacto na saúde dos trabalhadores», que se manifesta através de «diversas doenças músculo-esqueléticas, problemas renais, de audição e visão, stress, depressão e sonolência diurna».
Além disso, a federação sublinha que «as conclusões que têm sido retiradas de um grande número de estudos científicos relacionam o trabalho por turnos (e nocturno) com problemas de saúde graves», motivo pelo qual apontam para «a necessidade de melhores condições na actividade laboral, acrescido ainda que se colocam também em causa a segurança de pessoas e bens».
«A desregulação dos horários de trabalho amplia exponencialmente os problemas individuais por ela originados, pois alarga-os aos membros dos agregados familiar e social dos trabalhadores em causa, com consequências imprevisíveis», acrescenta.
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