Os trabalhadores da Valorlis, empresa de tratamento de resíduos sólidos do distrito de Leiria, estiveram em greve ao trabalho extraordinário de 13 a 15 de Agosto, e em greve de 24 horas no dia 16 de Agosto, que teve uma adesão significativa. Em causa estava a exigência de aumentos salariais.
Segundo Manuel Pereira, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), nos dias 13, 14 e 15 «ninguém efectuou trabalho extraordinário», e quanto ao dia 16, todas as pessoas que trabalham na triagem estiveram em greve «e não entrou nem saiu nenhum carro do aterro».
Dos cerca de 120 trabalhadores que laboram na Valorlis, «cerca de 70 fizeram greve» e «alguns foram requisitados para cumprir os serviços mínimos», referiu à imprensa o dirigente, considerando, contudo, que essa medida «não se justifica, já que não se trata de lixo tóxico».
O sindicato lembra, num comunicado, que a Valorlis já não se encontra abrangida pelas normas do Orçamento de Estado que impediram a valorização salarial dos trabalhadores, exigindo assim o aumento imediato dos salários em 50 euros. A Mota-Engil/Suma, que controla a Empresa Geral de Fomento (EGF), à qual pertence a Valorlis, mantém os salários congelados, embora esta já não seja do Estado.
«Os trabalhadores estão convictos que de outra forma não vão conseguir os seus objetivos e vão continuar a lutar até que os aumentos cheguem. Há pessoas aqui a ganhar o salário mínimo há dez anos e foram distribuídos dez milhões de euros de lucros pelos administradores, valores que foram obtidos com o esforço dos trabalhadores que tiveram os salários congelados», afirmou Manuel Pereira.
O STAL refere ainda que os funcionários exigem a «negociação e a aplicação à Valorlis do Acordo de Empresa da Amarsul e Valorsul (Grupo EGF)».
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