«Desde a reabertura do posto fronteriço de Nassib-Jaber, entre a Síria e a Jordânia, no dia 16 de Outubro último, registou-se o regresso de 22 250 refugiados às suas casas, libertadas do terrorismo», declarou esta quarta-feira o coronel Mazen Ghandour, chefe do Centro de Emigração e Passaportes no posto fronteiriço referido.
No mesmo dia, os comités de coordenação da Síria e da Rússia para o regresso dos refugiados emitiram um comunicado conjunto em que destacam «os resultados importantes alcançados na criação das condições adequadas para o regresso dos deslocados às suas residências», referindo que, para além dos cuidados médicos prestados a essas pessoas, lhes foram providenciadas novas condições de vida e oportunidades de trabalho.
Por outro lado, o documento, citado pela agência SANA, denuncia que «Washington e alguns países ocidentais não querem reconhecer os avanços alcançados pelo Estado sírio […] e dificultam o processo de retorno às suas terras dos cidadãos sírios».
Os comités acusam os EUA de violarem as leis e o direito internacional nas áreas que ocupam na Síria, sublinhando que a situação nos campos de al-Houl, na província de Hasaka, e Rukban, na província de Homs, permanece catastrófica – o que se deve à «ausência de medidas, por parte dos EUA, para pôr fim à crise que os deslocados ali vivem».
Fontes locais revelaram que um novo grupo de civis sírios conseguiu escapar do campo de Rukban, localizado na região de al-Tanf, junto à fronteira com o Iraque e a Jordânia, onde os Estados Unidos mantêm uma base militar ilegal.
De acordo com essas informações, os deslocados chegaram a um dos corredores criados pelas autoridades sírias na região desértica, tendo recebido alimentos e cuidados médicos, antes de serem transportados para as suas terras.
Estima-se que mais de 14 mil deslocados tenham conseguido sair do campo de Rukban, mas, de acordo com os comités de coordenação da Síria e da Rússia para o regresso dos refugiados, permanecem ainda no campo, em «condições catastróficas», cerca de 28 mil civis, que são mantidos como «reféns» por grupos terroristas controlados pelos EUA. «Cada família tem de pagar 1500 dólares [aos terroristas] para poder sair do campo», denuncia o comunicado.
Segundo os dados mais recentes publicados pelos comités russo e sírio, cerca de 500 mil refugiados já regressam ao país árabe, muitos deles provenientes de países vizinhos – nomeadamente a Jordânia e o Líbano.
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