A Venezuela responde ao Paraguai que «não se deixa ameaçar»

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Venezuela sublinhou, hoje, que o seu país não cede perante as ameaças, em resposta à atitude recente do governo paraguaio.

Delcy Rodríguez, ministra venezuelana dos Negócios Estrangeiros
CréditosHispanTV

A chefe da diplomacia do país caribenho, Delcy Rodríguez, utilizou o Twitter para criticar fortemente as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros do Paraguai, Eladio Loizaga, que ontem anunciou o congelamento das relações do seu país com a Venezuela, depois de ter chamado o embaixador paraguaio em Caracas para consultas, informam a HispanTV e a TeleSur.

«A Venezuela não se deixa ameaçar nem atemorizar por aqueles que decidiram servir o imperialismo, em vez dos povos!», enfatizou a ministra venezuelana.

Comentando a atitude tomada pelo seu país, o ministro paraguaio Loizaga disse que será ainda mais contundente se for preciso. Rodríguez classificou estas declarações como «atrevidas» e disse que o seu homólogo é, pela «sua intolerância política», um funcionário do «Plano Côndor» - projecto que foi aplicado no final do século XX nalguns países sul-americanos, onde governavam ditadores apoiados pelos EUA.

No início deste mês, o Paraguai chamou o seu embaixador em Caracas, Enrique Jara, para consultas, em sinal de protesto pelas declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, contra a Argentina, o Brasil e o Paraguai, que catalogou como a «Tríplice Aliança» da direita regional e cujo objectivo é atacar a presidência pro tempore [temporária] da Venezuela no Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Argentina, Paraguai e Brasil têm procurado criar obstáculos ao exercício da presidência do Mercosul pela Venezuela. Esta presidência têm um carácter rotativo, sendo que os estados-membros a assumem automaticamente, por ordem alfabética, por um período de seis meses.

A «Tríplice Aliança» já avançou com vários argumentos, desde a não incorporação, pela Venezuela, das normas do bloco até à instabilidade política e económica que se vive no país caribenho - também lhe chamaram «ruptura democrática», tendo acusado Maduro de perseguir a oposição. A ministra dos Negócios Estrangeiros venezuelana tem rebatido, ponto por ponto e de forma veemente, esta campanha.

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