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Novas gravuras rupestres descobertas no Poço do Caldeirão

Em causa estão «gravuras que representam a cabeça de um cavalo, um caprino e figuras geométricas» que possivelmente corresponderão ao período do Paleolítico Superior.

Representação de animal numa pedra de xisto do complexo rupestre do Vale do Côa
CréditosMarcos Borga / Agência Lusa

O achado arqueológico realizou-se junto ao rio Zêzere, na Barroca, concelho do Fundão, por parte de uma equipa do Museu Arqueológico Municipal José Alves Monteiro, no âmbito de trabalhos de monitorização, na mesma zona onde, em 2003, já haviam sido descobertas outras gravuras.

«Estamos a falar de um conjunto de novas gravuras que representam a cabeça de um cavalo, um caprino e figuras geométricas, e que estão enquadradas num complexo gráfico que remonta à pré-história. Aparentemente, são do período do Paleolítico Superior, mas esse estudo terá de ser aprofundado», explicou Pedro Salvado, director do Museu Arqueológico, à agência Lusa.

O destaque desta descoberta é o estado de conservação da rocha e a nitidez da imagem que representa um caprino. Ao que acresce que, estando a rocha muito próxima da linha de água, tal «confirma a importância que o rio sempre teve nas comunidades», acrescentou ainda o director.

O Museu Arqueológico deu a conhecer as imagens a catedráticos de pré-história na Universidade de Alcalá, em Madrid, que, perante uma primeira abordagem, confirmam a importância do achado.

O presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, garantiu à Lusa que o trabalho científico será realizado no âmbito da recém-criada Rede Nacional de Arte Pré-Histórica, promovida pelo Museu do Côa.

Com agência Lusa

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