A mesma fonte sindical informa que a paralisação de hoje visa denunciar «as manobras da patroa e a descapitalização da empresa», defender a sua viabilização e a garantia dos postos de trabalho.
Em declarações à agência Lusa, Nuno Coelho, dirigente do Sindicato de Hotelaria do Norte (CGTP-IN), explicou que a empresa não cumpriu o acordo de pagar, em Julho deste ano, o subsídio de Natal de 2018, como tinha ficado decidido numa reunião no Ministério do Trabalho, «nem, depois, em Outubro, como posteriormente ficou combinado».
Os trabalhadores expressam também o seu descontentamento pelo facto de, «há quatro anos, a gerência ter deixado ao abandono o restaurante», referiu o dirigente sindical, segundo o qual as «dívidas [da cervejaria] às Finanças e Segurança Social» chegaram «aos dois milhões de euros».
A tentativa de resolver o problema passou pelo recurso a um Processo Especial de Revitalização (PER) e à chegada de um gestor, «cujas opções têm prejudicado o funcionamento da cervejaria», acrescentou Nuno Coelho.
De «ponto de referência» ao abandono e perda de qualidade
Fundado em 29 de Julho de 1972, «a Cervejaria Galiza é um restaurante de referência da cidade do Porto», afirma o sindicato em comunicado, sublinhando que, de há quatro anos para cá, foi deixado «ao completo abandono» pela gerência, que também «alterou para pior os produtos e serviços», colocando em causa a qualidade e diversidade do serviço, «o que levou ao afastamento de clientes importantes da casa».
Em simultâneo, «a gerência da Galiza descapitalizou a sociedade e acumulou dívidas», lê-se no texto, que alerta para a situação incomportável dos mais de 20 trabalhadores: «confrontados com o congelamento salarial há dez anos consecutivos, recebem o salário mensal a prestações e ainda não receberam o subsídio de Natal de 2018», denuncia.
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