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Cervejaria Galiza mantém-se aberta nas mãos dos trabalhadores

A conhecida cervejaria portuense reabriu gerida por uma comissão de trabalhadores, após a anterior gerência ter tentado retirar os equipamentos do estabelecimento para o encerrar ilegalmente.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, esteve com os trabalhadores da Cervejaria Galiza, em solidariedade com a sua luta.
Créditos / Sindicato de Hotelaria do Norte

Os trabalhadores da Cervejaria Galiza, no Porto, vão manter a funcionar o conhecido estabelecimento da capital nortenha, gerido por três trabalhadores. Trata-se, como afirma em comunicado o Sindicato de Hotelaria do Norte (CGTP-IN), de «uma grande vitória para os trabalhadores, pois a solução encontrada mantém viva a luta pela viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho».

A 11 de Novembro a gerência da Cervejaria Galiza, aproveitando-se do facto de a segunda-feira ser um dia de descanso dos trabalhadores e de o estabelecimento estar encerrado, desmontou máquinas e empacotou o recheio do restaurante para o encerrar definitivamente.


O alerta foi dado por um trabalhador que passava no local e viu uma empresa transportadora a «retirar o material» e a «mudar a fechadura do restaurante». Os trabalhadores concentraram-se e ocuparam as instalações, impedindo a retirada do material.

Ontem contaram com o apoio do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, que reuniu com os funcionários e disse poder existir um crime económico e social. Nesse sentido, pediu a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho e do Ministério Público.

Aplaudindo a acção dos trabalhadores, Arménio Carlos, segundo o 24.sapo.pt, apelou «à população do Porto para manifestar a sua solidariedade», indo lá «almoçar, jantar ou lanchar, porque esta é também uma forma de demonstrar que uma cervejaria, com este nome e credibilidade, não pode fechar para dar lugar a interesses obscuros, quer da empresária quer de eventuais negócios que neste momento estejam em desenvolvimento».

No passado sábado, «todos os 25 trabalhadores» da Cervejaria Galiza estiveram em greve visando denunciar «as manobras da patroa e a descapitalização da empresa», defender a sua viabilização e a garantia dos postos de trabalho.

O sindicato explicou que a empresa não cumpriu o acordo de pagar, em Julho deste ano, o subsídio de Natal de 2018, como tinha ficado decidido numa reunião no Ministério do Trabalho, «nem, depois, em Outubro, como posteriormente ficou combinado».

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