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Trabalhadores dos call centers vão manifestar-se dia 5 de Dezembro

Contra a precariedade no emprego e os baixos salários, os trabalhadores dos centros de contacto das empresas de telecomunicações vão manifestar-se frente ao Ministério do Trabalho.

Créditos / Fectrans

Integrada na semana de combate à precariedade, iniciativa da CGTP-IN que decorrerá de 2 a 6 de Dezembro, os três sindicatos que representam os trabalhadores dos centros de contacto das empresas telecomunicações irão realizar uma concentração, no Ministério do Trabalho, onde será entregue ao Governo um documento a exigir que a cada posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo com a empresa utilizadora.

A iniciativa surge na sequência da greve de 31 de Outubro, nos centros de contacto das telecomunicações (NOS e Altice), onde «ficou demonstrado que os trabalhadores estão unidos na luta por melhores condições de trabalho, por mais salário e pela integração nas empresas utilizadoras» (NOS, Altice e Vodafone), vincam os três sindicatos que promovem a concentração, o Sindicato dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), Sindicato das Indústrias Eléctrica (SIESI/CGTP-IN) e Sindicato das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav/CGTP-IN).

O momento exige «a continuidade da luta nos locais de trabalho e nas ruas», afirmam os sindicatos, que decidiram levar a cabo plenários conjuntos por todo o País para fazer com os trabalhadores o balanço da acção de luta do dia 31 de Outubro, bem como discutir as próximas formas de luta.

A adesão à greve de 31 de Outubro teve um «expressivo impacto» em muitos locais de trabalho e por todo o País e, além de um sinal para as empresas, é também «um sinal para o Governo de que os trabalhadores não se identificam com este modelo económico de baixos salários e de precariedade» que é da inteira responsabilidade dos sucessivos governos, incluindo o actual.

Governo deve assumir o combate à precariedade

No passado dia 19 de Julho foi aprovada uma Resolução na Assembleia da República com base no projecto do PCP que «recomenda ao Governo a criação da profissão de operador de centros de contacto, reforço de direitos de pausa, descanso, higiene, saúde e segurança no trabalho».

O documento determina que o Governo elabore um relatório sobre condições de higiene, saúde, segurança e de trabalho no sector dos centros de contacto, um estudo sobre as condições de trabalho neste sector e que se cumpra a obrigação de assegurar formação especializada e remunerada.

Os comunistas perguntaram ao Governo, já no início desta legislatura, que diligências foram tomadas pelo executivo e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) no sentido de garantir o cumprimento da resolução.

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