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Autarquias querem nomes de funcionários que fizeram greve

Mais de uma dezena de câmaras municipais pediram aos agrupamentos escolares o nome dos auxiliares que fizeram greve na passada sexta-feira, que teve uma adesão de mais de 90% e fechou centenas de escolas.

Trabalhadores não docentes da Escola Secundária de Mem Martins concentrados, em greve, na entrada do estabelecimento de ensino, 6 de Novembro de 2017
Créditos / STFPSSRA

Entre as autarquias encontra-se a de Famalicão, que enviou um e-mail a 16 directores de escolas onde existe pessoal não-docente pago pela câmara pedindo que identificassem logo que possível os funcionários que tinham aderido à paralisação «para comunicar aos recursos humanos», noticiou o Jornal de Notícias.

Na maioria das escolas, os coordenadores optaram por não responder à solicitação das autarquias. Muitos auxiliares foram, também, contactados pelos coordenadores dos agrupamentos onde trabalham, pedindo-lhes para irem trabalhar porque, se não o fizessem, as escolas seriam fechadas.

Segundo a mesma fonte, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN) vai pedir esclarecimentos à Associação Nacional de Municípios e denunciar o caso à Inspeção-Geral da Educação por considerar que se trata de uma violação da Lei da Greve. «Pode ser entendido como uma forma de pressionar e de incutir o medo de represálias junto dos grevistas», considerou Artur Sequeira, dirigente da federação.

Contactada pelo jornal, fonte da Câmara Municipal de Famalicão disse que a intenção era apenas tomar conhecimento do «número de funcionários que aderiram à greve para efeitos de diagnóstico».

A FNSTFPS convocou, para sexta-feira passada, uma greve nacional para contestar a falta de pessoal não-docente. De acordo com a informação divulgada pela federação nesse mesmo dia, a paralisação teve uma adesão de mais de 90%, obrigando ao fecho de centenas escolas de Norte a Sul do País.

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