Entre as autarquias encontra-se a de Famalicão, que enviou um e-mail a 16 directores de escolas onde existe pessoal não-docente pago pela câmara pedindo que identificassem logo que possível os funcionários que tinham aderido à paralisação «para comunicar aos recursos humanos», noticiou o Jornal de Notícias.
Na maioria das escolas, os coordenadores optaram por não responder à solicitação das autarquias. Muitos auxiliares foram, também, contactados pelos coordenadores dos agrupamentos onde trabalham, pedindo-lhes para irem trabalhar porque, se não o fizessem, as escolas seriam fechadas.
Segundo a mesma fonte, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN) vai pedir esclarecimentos à Associação Nacional de Municípios e denunciar o caso à Inspeção-Geral da Educação por considerar que se trata de uma violação da Lei da Greve. «Pode ser entendido como uma forma de pressionar e de incutir o medo de represálias junto dos grevistas», considerou Artur Sequeira, dirigente da federação.
Contactada pelo jornal, fonte da Câmara Municipal de Famalicão disse que a intenção era apenas tomar conhecimento do «número de funcionários que aderiram à greve para efeitos de diagnóstico».
A FNSTFPS convocou, para sexta-feira passada, uma greve nacional para contestar a falta de pessoal não-docente. De acordo com a informação divulgada pela federação nesse mesmo dia, a paralisação teve uma adesão de mais de 90%, obrigando ao fecho de centenas escolas de Norte a Sul do País.
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