Em declarações ao AbrilAbril, Catarina Pereira, uma das trabalhadoras envolvidas nesta acção de luta, falou de «um dia histórico» na TVI: «Nunca os trabalhadores se tinham juntado numa acção de protesto e logo com uma expressão significativa.» As acções futuras «estão em aberto, tudo dependerá da resposta da empresa e do que os trabalhadores decidirem em plenário», disse, acrescentando que até agora não obtiveram qualquer resposta da administração.
Jornalistas e técnicos juntaram-se à porta dos respectivos locais de trabalho para exigirem «respeito» da administração, numa altura em que está em curso a compra da Media Capital pela Cofina, queixando-se de que não lhes foi dada qualquer informação sobre o processo de venda da estação, e temendo que a compra signifique despedimentos e mais precariedade na empresa.
Em Lisboa, o protesto simbólico decorreu na hora de almoço, para fazer eco das reivindicações, e envolveu cerca de 150 trabalhadores, a que se juntaram 17 no Porto, mais de metade dos 30 que compõem essa delegação.
Os trabalhadores protestam contra os baixos salários no grupo e a crescente precariedade laboral. O processo de progressões na carreira, que deverá avançar em 2020, é outra das preocupações, dado que, até ao momento, os trabalhadores não foram informados de qualquer desenvolvimento, exigindo garantias de que a definição das carreiras vai mesmo por diante.
A precariedade na TVI, especialmente entre os trabalhadores mais jovens e mais recentes, na maior parte dos casos contratados a uma empresa de trabalho temporário, Hospedeiras de Portugal, foi um dos problemas que os levaram ao protesto.
A gota de água, segundo os trabalhadores, foi o cartão de Natal, no valor de 125 euros, que há vários anos é atribuído a todos e que este ano, contrariando essa tradição, será apenas atribuído aos funcionários com salário bruto inferior a mil euros, deixando de fora todos os outros.
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